“Foi um desrespeito”, diz vereador sobre adiamento de projeto que cria túneis verdes na Capital

Beto Moesch (PP) defende que o projeto já passou em todas as comissões

A preservação permanente de calçadas e árvores se tornaria obrigatória em 70 logradouros de Porto Alegre, caso a Câmara Municipal tivesse aprovado, ontem, o projeto de lei do deputado Beto Moesch (PP) (PL 187, de 2008). Incluída na pauta de votações do Plenário, a análise da proposta acabou adiada, após a apresentação de um parecer contrário, assinado pelo secretário Municipal do Meio Ambiente, Luiz Fernando Záchia.

O vereador Beto Moesch considerou injusto o adiamento da votação.

— Foi um desrespeito à Câmara e aos deputados. Ela (a proposta) já passou em todas as comissões. Se alguma rua incluída no projeto tem previsão de duplicação, bastaria algum vereador apresentar uma emenda, com a retirada da rua do projeto. Não seria necessário o retorno às comissões — avaliou Moesch, poderando que, a partir de agora, a tramitação do projeto vai demorar ainda mais.

As ruas e avenidas incluídas no projeto devem ser declaradas, segundo o texto, como Áreas de Uso Especial (entenda o significado, abaixo) — o que impede que essas vias sejam alargadas ou alteradas e ainda proíbe que elas tenham a vegetação modificada. Atualmente, 17 logradouros possuem o título, sendo a Rua Gonçalo de Carvalho, no bairro Floresta, o mais conhecido deles (a rua ganhou a fama de mais bonita do mundo).

A Smam se posicionou contrária ao texto apresentado, e em razão do grande número de logradouros que constam na proposta. Segundo o secretário, se aprovada, a lei pode prejudicar algumas obras, inclusive as previstas para a Copa do Mundo de 2014. O projeto então, foi devolvido para a análise das comissões da Câmara, antes de ser votado novamente.

Tramitação

O PL 187 deu entrada na Câmara em 2008 e passou por cinco comissões (Comissão de Constituição e Justiça -CCJ, Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul – CEFOR, Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação – CUTHAB, Comissão de Saúde e Meio Ambiente – COSMAM, Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude – CECE).

Foi rejeitado pela CCJ em novembro de 2008, porém, após modificações no texto feitas pelo autor, recebeu aprovação da comissão. Já em 12 de maio de 2010, a CEFOR emitiu parecer desfavorável, sob a alegação de que haveria dificuldades para a conservação dos vegetais incluídos nas áreas de uso especial.

De acordo com o relatório emitido pela comissão, “a área técnica da Smam emitiu documento que atesta a dificuldade que a burocracia impõe aos operários quando se faz necessároa a intervenção e o manejo de algum vegetal situado em área de uso especial, assim declarada pela legislação. O disposto no projeto engessa as áreas definidas como Túneis Verdes, vedando aos proprietários a simples manutenção das calçadas, já que se tornam intocáveis.”

Segundo Moesch, o projeto permite a modificação das calçadas e também a poda e retirada de árvores, desde que elas sejam repostas no mesmo logradouro.

— Não pode, por exemplo, asfaltar a via. Mas pode reformar a calçada, desde que não afete a estrutura da árvore.

A reportagem entrou em contato com o Supervisor de Praças, Parques e Jardins da Smam, Mauro Moura, que entregou o parecer da Secretaria aos vereadores. No entanto, o conteúdo do parecer encaminhado hoje à Câmara não foi divulgado.

Entenda a diferença:

Tombamento

O tombamento é uma ato administrativo executado pelo poder público, por lei ou por decreto, que visa reconhecer o valor cultural de um bem – seja ele cultural, arquitetônico, ambiental ou de valor afetivo da população. Se aplicado ao projeto dos túneis verdes, impediria que uma árvore ou parte dela fosse cortada, a menos que fosse criada uma nova lei ou decreto para “destombar” o bem público. No entanto, o tombamento da rua não impede que um prédio seja demolido, para a construção de outro, por exemplo.

Área de Uso Especial

É diferente de tombamento. Ao determinar um local como Área de Uso Especial, as árvores existentes podem sofrer modificações, podas ou remoções, sem a necessidade de um novo decreto ou lei. No entanto, é necessário repôr as mudas na mesma região, caso sejam removidas. O calçamento dos logradouros, por sua vez, não poderá sofrer qualquer alteração que modifique ou comprometa suas características atuais de paisagem — como asfaltar ou alargar a via, por exemplo.

Excelente reportagem de Juliana Jaeger, publicada em Zero Hora. Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral&newsID=a3497194.xml. Data: 22 de setembro de 2011.

O Primeiro Acidente do Viaduto do Bairro Rincão (BR 116)

Apesar de ainda não ter sido oficialmente inaugurado o Viaduto do bairro Rincão, que está em fase final com a construção das pistas de acesso e a instalação elétrica, já foi o local de acidente envolvendo dois automóveis.

Na madrugada desta quarta-feira o veículo Corsa com placas de Estância Velha, trafegava, segundo a Polícia Rodoviária Federal, pela contramão do viaduto quando colidiu com uma camionete Cherokee com placas de Caxias do Sul. O motorista do Corsa morreu e a passageira ficou gravemente ferida. Os dois ocupantes da camionete tiveram apenas ferimentos leves.

Abaixo segue reportagem na íntegra publicada no site do jornal ZERO HORA, disponível aqui.

Leia também:

https://greenglossy.wordpress.com/2011/03/06/apresentacao-viaduto-do-bairro-rincao/

https://greenglossy.wordpress.com/2011/05/19/viaduto-do-bairro-rincao-impactos-ambientais/

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Colisão entre dois carros provoca morte de homem na BR-116, em Novo Hamburgo

Acidente ocorreu por volta da 1h30min desta quarta-feira no bairro Rincão

Uma colisão frontal envolvendo uma caminhonete Cherokee com placas de Caxias do Sul e um Corsa, com placas de Estância Velha, causou a morte de um homem na madrugada desta quarta-feira. O choque ocorreu por volta da 1h30min, no km 236 da BR-116, no bairro Rincão, em Novo Hamburgo. 

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o Corsa estava circulando na contramão. O motorista, Rodrigo Motta, de 29 anos, morreu e a passageira ficou gravemente ferida. Os dois ocupantes da caminhonete sofreram ferimentos leves.

A BR-116 ficou bloqueada no local no sentido Capital-interior. O tráfego foi liberado por volta das 8h.

RÁDIO GAÚCHA* Foto: Lauro Alvez/ Agência RBS

Relatório de Visita Técnica à Braskem S.A. Unidade de Triunfo

 

 

 

RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA À BRASKEM S.A. – Unidade de Triunfo, Rio Grande do Sul – Relatório elaborado pelos alunos Airton Kuhn e Renata Padilha e apresentado à disciplinade Saúde e Segurança do Trabalho, ministrada pela Sr.ª Prof.ª Helena Toschi de Cortez, na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

 

 

 

 

A Via Rápida de Criciúma

Visando o desenvolvimento regional, um grupo de entidades empresariais promove uma mobilização para reivindicar a construção da Via Rápida.

A construção da Via Rápida ligará a região de Criciúma à BR 101. Aconstrução está sendo pensada e planejada a partir da realidade atual do município, considerando o crescimento, meio ambiente e qualidade de vida. A Via Rápida inicia no cruzamento da Rua Vereador Ricardo Matias Paz e Avenida Miguel Patrício de Souza, próximo ao Terminal Urbano, do Bairro Prospera, em Criciúma, percorrendo 9 km entre Criciúma e Içara, até chegar à BR 101.

Impactos Econômicos

Criciúma é um município reconhecidamente industrial, destacando as indústrias cerâmicas, de vestuário, metal-mecânica e plástico. Segundo dados do IBGE 2010, tem aproximadamente 193 mil habitantes e possui PIB de R$ 2 791 692,467 mil (IBGE, 09). A construção da rodovia em vias duplas será o mais importante acesso a Criciúma, ideal para o transporte de cargas. Ao longo dos seus 11,06 km estão previstas a instalação que permitirá uma nova realidade econômica e de desenvolvimento de Criciúma – inclusive, atraindo novas indústria para o município que em 2002, ocupou a 42º no ranking das cidades brasileiras para obter-se melhores negociações (Revista Exame).

Impactos do Meio Ambiente

A Via Rápida recebeu licença ambiental expedida pela Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA) em 22 de março de 2010 – LAI nº 007/2010 que viabiliza e agiliza a sua construção. O projeto foi adequado e consolidado com o objetivo de minimizar os impactos sociais e ambientais. Foram desenvolvidos todos os estudos ambientais necessários exigidos pelo processo de licenciamento. Praticamente todo o trajeto que compreende a rodovia está desapropriado e o custo da obra deverá totalizar R$ 80 milhões, com recursos captados da inciativa privada, e será construída por concessão.

Via Rápida - Criciúma

A História de Uma Rua, Parte I

A sua rua é asfaltada?

Essa pergunta é simples, podendo ser respondida de duas maneiras: SIM ou NÃO. Porém, a simplicidade termina ao analisarmos as respostas à essa pergunta.  Se o seu caso é sim – como é o meu – ótimo, você já deve estar acostumado aos benefícios que uma rua asfaltada proporciona e nem percebe a falta que ter uma rua asfaltada faz. Confesso, até hoje não me preocupava com essa questão.

Acompanho o projeto de um amigo que busca junto à prefeitura do município de Dois Irmãos, Rio Grande do Sul, o asfaltamento da rua onde ele reside. Antes de dar continuidade a história desse projeto, analisemos alguns dados (clique na imagem para ampliá-la).

Modos de Transporte – Brasil; Malha Rodoviária Brasileira – ABEDA¹

Estatísticas da Demanda por Asfalto – Brasil, ABEDA.

Segundo a Central Intelligence Agency (CIA – US), em publicação disponível no The World Factbook, com dados de 2004, a malha rodoviária do Brasil tem a extensão de  1751868 km, dos quais são pavimentados 96,353 km. Em nível mundial, o Brasil está na 4ª colocação, mas para fins de comparação, perceba que os Estados Unidos, país que ocupa a primeira posição do ranking mundial, possuem 6506204 km, dos quais, segundo dados de 2008, são pavimentados 4.374.784 km – sendo que, 73,238 km são vias expressas.

Lama em dias de chuva, nuvens de poeira em dias de sol. Estes são exemplos dos problemas enfrentados pelos cidadãos que pagam seus impostos, mas que não tem seus direitos respeitados, visto que, suas ruas não são pavimentadas.

A ideia do projeto que busca o asfaltamento da rua deste meu amigo surgiu após uma situação corriqueira na vida de qualquer um, mas que fora decisiva na dele: após uma ida ao supermercado.

“Não costumo dirigir com frequência, mas a última vez que o fiz, vi e senti como a Rua Edgar Ramisch foi esquecida. Zigue-zague passou a ser uma ação frequente pra quem dirige nessa rua. Como se não bastassem os buracos para os carros, as pedras desniveladas formam verdadeiros pedregulhos, ótimo para um bom tropeço ou torção de pé para os pedestres, o que, aliás, já aconteceu comigo.”

Ivan Bender, morador da rua e idealizador do projeto.

O curioso da história é que esta pavimentação de pedras irregulares foi providenciada pelos moradores, já que por parte da prefeitura do munícipio de Dois Irmãos, não houve nenhum interesse.

Andamento do Projeto

O primeiro passo do Ivan foi enviar um e-mail para a Secretaria de Obras e Serviço do município que, no tradicional estilo ‘passa pra lá e pra cá’, o encaminhou  à secretaria de Planejamento e Habitação de Dois Irmãos. Orientado a abrir um protocolo individual ou coletivo com abaixo-assinado, Ivan, optou pela segunda opção.

Recolhidas vinte e quatro assinaturas, o abaixo-assinado fora encaminhado e o protocolo aberto, no dia 30 de março de 2011. Segundo Ivan, são necessários 15 dias de espera até que se tenha uma resposta da prefeitura. Vamos ficar atentos…

Pavimentação Atual, R Edgar Ramisch. Imagem: Ivan Bender

Abaixo Assinado - Clique para ampliar

Imagens da Rua

Trecho não pavimentado

Buracos e pedras soltas

Fim da pavimentação

Notas:

1- ABEDA – Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfalto: Site